quarta-feira, maio 12, 2010

Juazeiro do Norte, terra do Padre Cícero

Nossa viagem inusitada começa pela cidade de Juazeiro do Norte, terra do Padim Padre Cícero a mais religiosa das cidades cearenses. Apesar do nome, Juazeiro do Norte está situada bem ao sul do Estado, a aproximadamente 565 km de Fortaleza. É a segunda maior cidade do Ceará em capacidade econômica, e a maior do Estado (e uma das maiores do país) em religiosidade. Há aeroporto na cidade, e voos regulares. Esqueça o trânsito caótico das grandes cidades, porque nada se compara ao trânsito em Juazeiro. Do pequeno trajeto do aeroporto para o hotel que ficava no centro, dava para perceber a confusão da disputa nas ruas estreitas pelos carros de passeio, táxis, muitas motocicletas e bicicletas. Num primeiro momento chega a incomodar, mas depois você relaxa e acha até engraçado como eles se entendem naquela confusão toda. Nosso hotel tinha a vista para a famosa estátua do Padim Padre Cícero. Uma visão Emocionante. Resolvemos dar uma circulada ao redor para conhecer um pouco da cidade. E caminhando 100 m você percebe que não há um estabelecimento comercial ou residencial que não tenha uma imagem do santo na porta. É impressionante a devoção daquele povo que o considera um santo. Assistimos uma missa na Igreja de São Francisco, fizemos um lanche na rua, fomos a uma farmácia e voltamos para o hotel, pois não há vida noturna na cidade. Pelo menos na parte onde ficamos, por ser central, fecham-se as lojas e nada mais tem vida naquela parte. O tempo estava quente e ficamos admirando a lua cheia deitados na piscina. Depois de jantar no próprio hotel ficamos planejando o dia seguinte olhando ao longe o Santo no alto da colina, todo iluminado.

Já escaldados de como alugar um carro com segurança e bom preço, fizemos isso logo pela manhã e abandonamos o hotel rumo à estrada. Já na saída da cidade fomos à colina do Horto, onde fica o famoso monumento com 25 m de altura e é considerada a terceira maior estatua do mundo. E quando vamos nos aproximando a grandiosidade impressiona. Impressiona também a quantidade de devotos. E olha que nem era ainda o mês de romaria. Anualmente, em pelo menos quatro ocasiões, Juazeiro do Norte torna-se o centro da religiosidade popular. Ficamos a imaginar como deve ficar o lugar nesses dias de romaria. O sol estava digno do sertão nordestino, portanto, protetor solar sempre para aliviar a vermelhidão. E tendo um Eduardo por perto não há como esquecer esse precioso detalhe. Um peregrino que se prese não pode deixar de visitar o Museu Vivo da Cultura popular Nordestina, o Santo Sepulcro, a Muralha da Guerra de XIV e a Via Sacra. O Memorial do Padre Cícero abriga um acervo de fotos e objetos relativos à vida do padre. Ficamos ali por um bom tempo, mas eu ainda não estava satisfeito com as fotos tiradas. O sol nesse ponto não havia favorecido a melhor foto. Aproveitamos para rezar, pedir e agradecer. E trouxemos várias lembranças do Santo Nordestino, fitas, imagens, terços e orações. Pronto, depois registrar para sempre a melhor foto, de nós dois com o Padim, seguimos viagem.

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