quarta-feira, maio 12, 2010

Crato

A viagem era tranquila, não pela estrada que não são nada conservadas, pelo contrário, uma aventura prosseguir por elas. Principalmente porque o Ceará fora muito castigado pelas chuvas nos meses de março e abril. Nosso próximo destino era a cidade do Crato, uma pacata cidade situada na região do Cariri, mais precisamente ao sul do Ceará, ao sopé da Serra do Araripe. É a terra onde nasceu o Padim Padre Cicero. Fomos procurar um local para hospedagem. Eram 2 da tarde, e quando vimos estávamos subindo uma ladeira que dava num hotel bem interessante. Mas havia muitos carros em frente e um som animado vinha de dentro sinalizando que estava havendo uma grande festa. Viajar é sair da rotina, não se prender a relógios nem datas, portanto, custamos a perceber que era domingo do dia das mães. Estava tudo cheio, até mesmo um simpático bar mais a frente, com uma vista linda para a serra de Araripe. Um enorme paredão que chama atenção pela beleza da vegetação verdinha. Entramos e escolhemos nossa comida. Pois essas datas festivas são iguais em qualquer lugar. Há filas, impaciência dos clientes e atraso do estabelecimento. Mas nada abala um viajante. As horas devem passar lentamente mesmo, esse é o espirito das férias. Riamos das confusões ao redor bebendo nossa cerveja gelada já que o calor era intenso. Quando saímos dali a festa no Hotel Encosta na Serra já havia terminado e nos aventuramos a entrar. A simpatia do povo nordestino é um fato que não há como negar e a recepcionista além de nos ter dado um quarto ótimo de frente para a serra, acabamos ficando mais tempo que o programado, pois havia muito que se conhecer na região. Nesse papo com a recepcionista pegamos todas as dicas que não estão em livros e revista alguma. Aproveitamos a tranquilidade da piscina do hotel para programar o dia seguinte e admirar o belo por do sol na serra do Araripe. Essa recepcionista foi também nossa guia para uma city tour em cidades vizinhas. Seria folga dela e contratamos os seus serviços. E para nossa surpresa ela apareceu com um primo contando a seguinte história; que ele estava indo junto porque não ficava bem ela ir sozinha com dois homens, ela era casada e os colegas poderiam interpretar erradamente. Tivemos que achar graça da situação. Pois é, não devemos esquecer que estamos numa cidade interiorana e todo cuidado é pouco. É o tipo de história que ouvimos falar, mas não acreditamos que ainda exista.

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