sexta-feira, setembro 30, 2011

8 anos sem meu NINO

Hoje está fazendo oito anos da morte do meu Nino. Presente do Dr. Eduardo e Dra Carmem que me disseram que o pequeno boxer estava curado de várias enfermidades causado por uma queda quando ainda filhote. Só que nem eles esperavam que uma epilepsia pudesse aparecer meses depois como problema maior dessa queda. Nino tinha convulsões terríveis que só mesmo com a dedicação de um médico como Dr. Eduardo para controlar e estabilizar essas crises. O Dr. Eduardo se informou sobre a doença, estudou, comprou livros, procurava publicações para não só entender da epilepsia canina, mas também para saber a dose certa para estabilizar as crises convulsivas. E conseguiu, com doses altas de muito gardenal e hydantal. Só que com tantas doses diárias, um dia o organismo iria se ressentir desse coquetel todo. E foi assim, depois de nos alegrar por tanto tempo com suas trapalhadas, suas corridas, suas brincadeiras que ele foi nos deixando aos poucos, deitadinho no colo da minha mãe.

quinta-feira, setembro 22, 2011

Eu não vou ao Rock in Rio


E nem nunca fui em nenhuma edição, embora gostasse de muitas atrações que apareceram, mas esperar o artista favorito no meio de tantas bandas ruins sempre me pareceu uma tortura. E sem falar que o preço nunca foi atrativo. Com certeza deve ter muitas pessoas que nunca foram e cada uma delas tem lá seus motivos, como essas duas queridas que estão nesse vídeo dando suas explicações divertidíssimas.

quarta-feira, setembro 21, 2011

Velhas árvores

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!


Olavo Bilac

domingo, setembro 18, 2011

Tudo o que eu preciso.

Tudo o que eu preciso para viver carrego sem ocupar as mãos.
Tudo o que eu preciso para ser feliz não se transporta numa caixa, não se guarda numa bolsa nem me pesa nos ombros.
Carrego comigo o que é possível para me movimentar livre nesse mundo tão cheio de coisas.
As coisas que eu carrego não têm peso, nem forma, nem volume.
São coisas que me alimentam sem que eu precise comer.
Que me locomovem sem que eu precise caminhar.
Que me alegram sem que eu precise comprar.
Carrego comigo a sabedoria herdada dos mais velhos.
A dignidade conquistada com o meu trabalho.
As lições aprendidas na dor.
O amor dos meus afetos.
E a força da minha fé.
Com isso, eu posso ir mais longe do que qualquer viajante carregado de bagagem.
Assim fica mais fácil viver e andar por aí.Porque coisas ocupam espaços, atravancam caminhos, bloqueiam a visão.
As coisas que não cabem no coração, pesam nos braços.
Por isso, eu carrego só coisas que caibam aqui, nos sonhos que eu inventei pra ser feliz.

quarta-feira, setembro 14, 2011

14 de setembro de 1991.

Hoje faria 20 anos que conheci o Eduardo dançando na Boate Gaivotas, na Barra da Tijuca. Pena que ela deixou de existir faz tempo, pois eu gostava de ir lá os sábados para me distrair, relaxar, principalmente depois que meu irmão adoeceu. A música alta na pista de dança não me permitia ficar triste. Passava ali algumas horas onde o mundo lá fora não existia, não havia problemas e nada de ruim acontecia.

Aquele sábado começou cheio de atividades; lembro que fui para casa do meu amigo Rodrigo para podermos ir ao cinema. Dali fomos lanchar e fazer hora para não chegar cedo à boate. Rodrigo era um cara engraçado, espirituoso, alegre, pena que a vida foi nos afastando e nunca mais soube dele. Acho que sua função na minha vida nessa encarnação era me apontar àquele que modificaria minha vida para sempre.

Chegamos à boate, pegamos nossas bebidas e fomos para a pista, dançar. Eu só queria esquecer a tristeza que minha vida estava, mas o Rodrigo queria mais. Queria arrumar uma companhia para beijar. Quando ele ia à caça e me deixava sozinho na pista, eu ia me sentar num banco que ficava ao lado de fora. Num determinado instante ele me apareceu todo ouriçado para me levar para pista para que eu desse opinião sobre um carinha que estava dançando todo esquisito. Nunca havia me pedido opinião sobre qualquer outro, porque aquele?

Esse momento não esqueço nunca. Apontou-me um cara de calça jeans e blusa verde dançando sozinho. O que para o Rodrigo era dançar esquisito, eu achei charmoso. Tinha que ser, tinha que acontecer. Naquele instante algo estranho aconteceu dentro de mim, meu coração começou a bater acelerado e eu não conseguia tirar os olhos daquele cara. A única certeza que tive naquele momento era que eu havia gostado dele. Rodrigo saiu para buscar outra bebida e foi se atracar com outro cara.

Talvez eu esbarrasse com o Eduardo lá dentro em outro momento. Mas quero crer que eu já havia esbarrado com ele e não o tinha visto. Não tinha ido ali naquela noite para arrumar ninguém, nem tinha cabeça para isso. Precisou da intervenção de um bom anjo para intuir sobre o Rodrigo para que ele me apontasse àquele cara que faria toda a diferença na minha vida nessa encarnação, já que em outras não tenho dúvidas. E aquele era o momento que eu precisava de alguém especial, alguém que pudesse me dar muita alegria e me fortalecesse sobre o que de ruim estava por vir.

Do apontar até acontecer algo durou mais ou menos uma hora. Eu voltei a sentar no meu banquinho pensando em como chegar naquele cara. Enquanto eu pensava, nem reparei que ao meu lado estava o cara da camisa verde. Fiquei nervoso, mas saiu um: “Oi, tudo bem?” com uma rapidez imensa. Era a minha chance, não podia desperdiçá-la e bastou esse cumprimento para emendarmos um assunto atrás do outro. Parecia que já nos conhecíamos e precisávamos contar tudo que havíamos feito nesse tempo que estivemos afastados.

Não voltei com o Rodrigo, queríamos tanto continuar conversando que fomos para um quiosque na beira da praia. Edu me deu carona até Madureira, pois eu menti dizendo que morava neste bairro. Fiz isso porque me preocupei por talvez não saber sair de Vaz lobo aquela hora da noite já que ele só conhecia um caminho para ir para Nova Iguaçu, indo por Deodoro e Madureira facilitava para ele. Essa mentira me gerou um apelido que até hoje sou chamado pelos seus tios e primos: Madureira. Na semana seguinte eu já havia contado que morava em Vaz Lobo e rimos muito disso.

A partir desse 14 de setembro de 1991, nunca mais nos separamos, nunca mais nossas vidas foi à mesma, Graças a Deus. Tudo que eu sempre tive vontade de dizer ao Eduardo eu disse em vida. Eu nunca me cansei de dizer sobre o quanto era importante na minha vida, do imenso amor que sentia por ele, do quanto me enchia de felicidade, da paz que proporcionava, do orgulho que eu tinha da maneira como tratava sua profissão, da sua generosidade, do seu carinho, da educação, da inteligência e de tantas outras coisas que aprendia com ele. Obrigado por te amar e me sentir amado.

domingo, setembro 11, 2011

Cine Vaz Lobo

Com as obras da Transcarioca (corredor expresso de ônibus articulados que ligará à Penha a Barra da Tijuca) a pleno vapor visando a Copa do Mundo e as Olimpíadas, Vaz Lobo passou a fazer parte desse traçado e assim me fez descobrir a importância do prédio do Cine Vaz Lobo, pelo seu estilo art déco, estilo arquitetônico adotado pela cidade entre as décadas de 30 e 40.

O primeiro cinema que entrei na vida, localizado na pracinha, o Cine Vaz Lobo, foi considerado de importância histórica pela Secretaria de Patrimônio e assim conseguiu mudar o traçado dessa obra para preservar o cinema, que foi inaugurado em 1940. Com mil lugares, fechado há anos, depois de servir a lojas diversas, vai ser restaurado e reaberto. Vamos torcer!

Essa mesma sorte não teve a quadra de uma das mais antigas escolas de samba do carnaval carioca, a União de Vaz Lobo que completou este ano 83 anos de fundação. O terreno da escola foi desapropriado para a construção da Transcarioca, e por isso foi demolida.

sexta-feira, setembro 09, 2011

9 de setembro – dia do Médico Veterinário

Perdoem-me todos os outros profissionais, mas você é insubstituível!

... Com toda certeza ninguém te substituirá! Quem acordaria às seis da manhã do Recreio dos Bandeirantes para abrir a Clínica em Nova Iguaçu às oito? Quem abre uma Clínica às oito da manhã e só fecha após o último atendimento? Quem trabalha de segunda a segunda atendendo a todos com a mesma dedicação, carinho e atenção? Quem melhor entendia a língua dos animais como você? Quem sabia aplicar uma vacina tão delicadamente? Qual profissional sairia do meio de uma festa para fazer um atendimento mesmo que fosse longe e tarde da noite? Talvez existam vários, mas o que eu mais ouço dos seus clientes é o contrário: Você era um talento único. Você transmitia confiança e todos que tem bichinhos de estimação sabem que é fundamental. Você tinha um jeito todo especial para tratar os bichinhos, tanto assim que muitos pareciam te reconhecer. Quantas vezes lhe vi comprando comida e alimentar cachorros e gatos na rua. Sem falar naqueles que você levava para a Clínica ou então arranjava donos para eles. Os animais pareciam te procurar e você a eles. Por isso e por tantas outras qualidades que você era especial!

“No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é..., e outras..., que vão te odiar pelo mesmo motivo.

Parabéns a todos os Médicos Veterinários que são insubstituíveis!!!!!

domingo, setembro 04, 2011

Odilon de volta para casa.

Final de semana de muita festa e alegria. Quiseram manter em segredo a visita do Odilon nesse final de semana, mas isso é impossível tamanha a saudade que todos estão sentindo dele. Impossível caminhar pelas ruas e não ser parado pelas pessoas que querem saber notícias dele depois de seis meses fora. Sem falar nas ligações dos parentes, então, manter segredo que ele viria seria difícil. Eu mesmo fui um que disse que não guardaria segredo caso fosse parado por alguma dessas pessoas que o querem bem. Experiência própria, quando estamos fragilizados ou doentes, nada melhor do que sentir a demonstração de carinho daqueles que gostam da gente. Não existe remédio mais revigorante que sentir-se amado e querido. A visita, um abraço, uma conversa vale como uma injeção que renova as células nos alegra nos fortalece e nos dá ânimo para continuar na caminhada. E esse final de semana não poderia ter sido melhor, com um dia ensolarado abençoando a todos.

“Estás mergulhado no oceano do amor de Deus.
Jamais te encontras sozinho.
Deus está em ti e em torno de ti.
Descobre-o e deixa-te conduzir por Ele com sabedoria.
És seu herdeiro, possuidor do universo.Permite que o Seu amor permeie totalmente, comandando a tua vontade e os teus passos, facultando –te crescer com menor ou nenhuma dose de sofrimento.
Em Deus tudo encontras, plenificando-te completamente.”

Do livro Vida Feliz de Divaldo Franco pelo espírito de Joanna de Ângelis

quinta-feira, setembro 01, 2011

Dia do Profissional de Educação Física

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) “Exercitar-se é uma condição essencial para se obter o melhor de você mesmo”.

Meu melhor exemplo foi o Eduardo que arrumava sempre um tempinho para musculação, pilates, spinning e nos finais de semana corrida no calçadão, abdominais na areia, barra nos aparelhos da praia e sem contar nas nossas pedaladas na bicicleta. Ele foi meu professor, aquele que me motivou a entrar numa academia e começar a fazer uma atividade física. De tanto insistir, me convenceu e finalmente passei a freqüentar uma. Tomei gosto quando comecei a perceber uma melhor disposição física para as atividades do dia a dia, meu sono ficou mais regular, me ajudou na estética corporal, na força muscular, maior autoconfiança e um sentimento freqüente de recompensa. Só estou precisando retornar para sentir tudo isso novamente.