sexta-feira, dezembro 30, 2011

Último estouro da champagne


Já era uma tradição, levar a champagne e as taças para brindar a chegada do Ano Novo na praia. Nunca pensávamos em projetos que tínhamos que realizar no Ano Novo, sempre brindava o Ano que terminara. Esse brinde era para agradecer as coisas boas que nos acontecera e se não tivesse sido tão bom assim, agradecer que já estava indo embora. Era aquele momento de olhar nos olhos um do outro e agradecer por estarmos juntos e felizes. Era o momento de um forte abraço e um beijo no rosto, selando tudo de bom que um fez pelo outro.


Meus amigos quero agradecer em prece, por vocês existirem. Que a alegria, o amor, a fraternidade, o perdão, e a compreensão continuem nos unindo. Que Deus, em sua infinita bondade, abençoe a todos nós e continue orientando-nos e mantendo acesa a luz da Amizade, do Amor e da Paz entre todos.
Obrigado pela amizade e o carinho de vocês!

quinta-feira, dezembro 29, 2011

Perdão das Ofensas

Difícil é o ato de perdoar, mas...chegarei lá! É uma boa reflexão para esse final de ano.

Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo. Perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade. Perdoar as ofensas é mostrar que se tornou melhor do que era antes. Perdoai, portanto, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, pois se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se fordes rigorosos mesmo por uma pequena ofensa, como quereis que Deus esqueça que a cada dia tendes mais necessidade de perdão? Infeliz daquele que diz: “Nunca perdoarei”, pois pronuncia sua própria condenação.

Há duas maneiras bem diferentes de se perdoar: o perdão dos lábios e o do coração. Muitas pessoas dizem respeito de seus adversários: “Eu lhe perdôo”, enquanto interiormente experimentam um secreto prazer pelo mal que lhes acontece, dizendo a si mesmos eles bem o merecem. O esquecimento total e completo das ofensas é próprio das grandes almas. O rancor é sempre um sinal de baixeza e inferioridade. Não vos esqueçais de que o verdadeiro perdão se reconhece mais pelos atos do que pelas palavras.

(Paulo, Apóstolo – Lyon, 1861 extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo).

sábado, dezembro 24, 2011

Presentes sem preço.


Ganhei muitos presentes de Natal ao longo da vida, mas somente um me marcou, a ponto de se fechar os olhos lembrar como foi. Acho que tinha uns nove anos e ainda acreditava em Papai Noel. Alguns parentes nos levaram para os fundos da casa para ver se conseguíamos ver a chegada do Papai Noel, pois faltavam poucos minutos para meia noite. Só que como Papai Noel tinha muitas crianças para visitar, não poderia ficar batendo papo com todas e sendo assim, ele colocava os presentes sem que conseguíssemos vê-lo. E foi assim que aconteceu, enquanto estávamos nos fundos ele veio pela frente da casa e colocou nossas bicicletas (que eram azuis e tinha formato de uma motocicleta) na sala. Quando entramos e vimos às duas alinhadas no meio da sala, foi uma emoção enorme. Alguém chegou a dizer que por pouco não víamos o bom velhinho. Claro que nem perdemos tempo em correr até a varanda para vê-lo partir no seu trenó, pois o que queríamos mesmo era subir naquelas motocicletinhas e dar as primeiras pedaladas. Foi realmente inesquecível e emocionante!

Não sei quando nem o porquê deixei de acreditar em Papai Noel, mas o fato é que conseqüentemente os presentes deixaram de ser marcantes.  O encanto acabou e com ele os presentes inesquecíveis também.

Mas todos os presentes têm seu valor e já adulto, ganhei um relógio de presente do Eduardo que também me marcou muito. Ele havia me dado muitos presentes, mas esse relógio foi especial. Esteticamente falando ele não tinha nada de mais, mas era todo prata e prendia perfeitamente no meu pulso fino, não ficava se movendo como outros que tive que quando via o marcador estava para baixo. Esse não, esse encaixava perfeitamente no meu pulso. E só por isso eu o achava lindo. Com o tempo, seu fecho passou a apresentar defeito, mas com um simples aperto nas laterais eu conseguia fixá-lo sem maiores problemas. Pelo menos eu achava. Até que eu o perdi sem sentir como. Fiquei completamente transtornado. Demorei a vencer a sensação terrível de perder um objeto que foi comprado especialmente para você por alguém que perdeu um tempo imenso escolhendo seu presente de Natal. Felizmente, passeando pelo Shopping, vi um relógio igualzinho numa loja. O comprei. Era idêntico e por isso ficou valendo como se fosse o original, comprado para mim.

Uma coisa é certa: não importa o tipo, o tamanho, a qualidade do presente. O mais importante é a intenção de quem dá e a gratidão de quem recebe. Por isso desejo que todos vocês que me são muito queridos que a noite de Natal seja repleta de muita paz, harmonia e muitas felicidades.

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Três rosas brancas


Quarta-feira é o dia de a minha mãe me ajudar na arrumação e limpeza do apartamento. Quando o jardim está florido eu pego algumas flores e coloco na sala. Mas minha mãe fez melhor, passou a trazer três flores brancas que abrem lindamente e passou a colocar ao lado da foto do Eduardo. Depois que ela se vai, aproveito para acender um incenso e me sento ali em frente do porta retrato para rezar e quase sem querer me pego a conversar com ele. É meu momento de desabafo onde muitas vezes acabo chorando, mas ao mesmo tempo encontro muita paz e tranqüilidade. Sei que nesse momento ele está me envolvendo e me “potregendo”, pois era assim mesmo que ele falava quando eu precisava da sua ajuda. 

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Está começando meu carnaval!


Resolvidos alguns impasses, fomos finalmente às compras dos materiais para preparar as fantasias da nossa ala. Faz um ano que não piso naquela região do centro da cidade e confesso que ir ali nessa época do ano não é muito fácil. Não só pela multidão que se avoluma pelas ruas do Saara, mas pelas lembranças que me vêem a cabeça.
Desde que voltei a ter ala em escolas de samba, o Eduardo era meu parceiro também para essa etapa das compras. Era com ele que eu caminhava naquelas ruas, entrando e saindo de lojas com pesadas bobinas de tecidos e muitas sacolas nas mãos. Era com ele com que eu tirava minhas dúvidas, era ele quem me auxiliava quando precisava substituir algum material e sem falar na sua capacidade de fazer contas com rapidez impressionante. Nunca se aborrecia quando o carro vinha completamente cheio de mercadorias. Quando comprou o Eco Sport teve a capacidade de me dizer que só havia comprado para poder ter mais espaço para minhas bagulhadas carnavalescas.
Ir ao Saara nessa época natalina é uma sessão de lembranças por cada rua que passo e cada loja que entro. Difícil não lembrar onde ele queria parar para entrar e comprar suas agendas, a pequena loteria onde ele ficava na fila para jogar, o bar onde comíamos pão na chapa antes das lojas abrirem, a loja onde comprava seus damascos secos e tantas outras, pois aquela região era um grande parque de diversões para ele. Nessas horas era eu quem brincava dizendo que ele não estava ali para me ajudar e sim para fazer suas comprinhas. Mas como sempre tinha uma resposta na ponta da língua, me vencia ao responder que bastava ver a quantidade de bagulhada para saber quem era mais beneficiado. Me pego rindo quando lembro essas histórias quando passo em frente ao estacionamento onde deixava o carro.
Não é fácil segurar a emoção com essas lembranças, ainda mais quando sou eu que tenho que fazer as contas das quantidades de material que tenho que comprar. E quando acerto eu sei que foi sua ajuda providencial me inspirando a fazer o melhor.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Bem e mal sofrer


Quando o Cristo disse: Bem aventurados os aflitos, pois deles é o reino dos céus, não se referia àqueles que sofrem em geral, pois todos os que estão na Terra sofrem, estejam ou num trono, ou na extrema miséria. Mas poucos sabem sofrer, poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzir o homem ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações se vos falta coragem. A prece é a sustentação para a alma, mas não é suficiente: é preciso que se apóie sobre uma fé viva na bondade de Deus. Jesus vos disse muitas vezes que não se colocava um fardo pesado sobre ombros fracos, e sim que o fardo é proporcional às forças, como a recompensa será proporcional à resignação e à coragem. A recompensa será tão mais generosa quanto mais difícil tiver sido a aflição. Mas é preciso merecer a recompensa e é por isso que a vida está cheia de tribulações.

Quando vos atinge um motivo de dor ou de contrariedade, esforçai-vos para superar isso, e quando chegardes a dominar os ataques da impaciência, da raiva ou de desespero, podeis dizer com uma justa satisfação: “Fui o mais forte”.

Bem aventurados os aflitos pode traduzir-se assim: Bem aventurados aqueles que tem a ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão cem vezes a alegria que lhe falta na Terra, e depois do trabalho virá o descanso.

Pelo espírito Lacordaire – Havre, 1863 no Evangelho Segundo o Espiritismo

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Feijões e Caminhadas.



Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encontrar um sucessor. Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um poderia sucedê-lo. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio, para colocar a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha. 
Dia e hora marcados, começa a prova. 
Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, observando o outro monge sumir de vista.
Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para consagrar o vencedor.
Após o festejo, o derrotado aproxima-se e pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos.
- Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei. – foi a resposta.
Carregando feijões ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida.
Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento é você quem determina.

APRENDA A COZINHAR SEUS FEIJÕES!.