segunda-feira, fevereiro 18, 2013

O adeus ao carnaval

Eu também nunca sei dizer adeus. Nunca soube. Tenho dificuldades de me despedir do que quer que seja. Por isso, essa sensação estranha que invade a casa, abandonada por quatro dias, cheia de vestígios da festa que arrumou as malas e foi embora sem dizer adeus.
Foi-se o carnaval, deixando um rastro de brilho na noite da cidade. Os corpos ainda ressentem da maratona, os olhos buscam o reflexo de uma lantejoula e os ouvidos se apuram na esperança de escutar a derradeira batucada e sair por ai, esquecendo as angústias do dia a dia. Mas, tudo em vão. Mais um ano vai passar, até que possamos novamente dissolver nossas mágoas ao som de uma bateria abrindo os braços e o peito para os céus.
Esse ano não foi igual aquele que passou. Já é quarta feiras de cinzas e ninguém sabe muito bem o que dizer, porque esta é a hora mais difícil. O adeus ao carnaval. Voltar para a casa e limpar a purpurina entranhada nos tapetes, recolher a roupa atirada nos cantos, abrir as janelas para que o vento sopre a festa para algum outro local. Retomar a vida é muito difícil. Sempre muito difícil.
(texto Miguel Falabela)

domingo, fevereiro 03, 2013

3 anos de saudades!

Tem pessoas que entram na nossa vida e ficam para sempre. Você é assim para mim. O tempo pode passar e você estará sempre presente. Agradeço a cada dia a oportunidade de conviver com você esses anos todos. Acho que minha vida passou a ter mais cor quando te conheci e descobrimos tantas afinidades. Temos mais passagens felizes do que tristezas e são com essas passagens que me agarro quando sinto saudades.
 
Dignai-vos, Senhor, meu Deus, a acolher favoravelmente a prece que vos dirijo pelo Espírito do Eduardo; fazei-lhe sentir vossas divinas luzes e tornai-lhe fácil o caminho da felicidade eterna. Permiti que os bons Espíritos levem até ele minhas palavras e meu pensamento.
Tu, que me foste tão querido neste mundo, escuta minha voz que te chama para te dar uma prova da minha afeição. Deus permitiu que tu fosses libertado primeiro; eu não devo me lamentar, seria egoísmo; seria ver-te, ainda sujeito às penalidades e aos sofrimentos da vida. Espero, com resignação, o momento de nos juntarmos no mundo mais feliz onde tu chegaste antes.
Sei que nossa separação é apenas temporária, e , por mais longa que ela possa me parecer, sua duração se apaga diante da felicidade eterna que Deus promete aos eleitos. Que sua bondade me preserve de fazer algo que possa retardar esse instante desejado, e que assim me poupe a dor de não te encontrar ao sair de meu cativeiro terreno.
Como é doce e consoladora a certeza de que há entre nós apenas um véu material que te oculta à minha vista! Que podes estar aqui, ao meu lado, a me ver e a me ouvir como antigamente, e melhor ainda que antigamente, que não me esqueças mais e que eu mesmo não te esqueça; que nossos pensamentos não parem de se confraternizar, e que o teu me siga e me sustente sempre.
Que a paz do Senhor esteja contigo!