quarta-feira, janeiro 12, 2011

Compras para carnaval

Edu e mãe fazendo pompom

Com o término das festas de final de ano, o pensamento agora está voltado para o carnaval. E para quem trabalha para a festa, é chegado o momento de correria e apreensão. Correria para comprar material e apreensão por ter que dar conta na fabricação de cem fantasias para nossa ala.

Comprar material é um trabalho exaustivo e milimétrico. Tem que fazer o cálculo perfeito para que não se compre nem de menos nem de mais porque senão pode por tudo a perder. Infelizmente não vou contar esse ano com um parceiro perfeito para essas compras e contas. Edu era o cara que fazia as contas de cabeça e com essa rapidez de raciocínio me dava certeza que estava levando a quantidade certa. Era ele também que com sua sensibilidade dava os toques certeiros com relação a cores e material. Se não encontrava a que foi sugerido pelo carnavalesco, era ele quem mostrava um similar que se encaixava harmonicamente na roupa. Enfim, uma peça importante no meio da equipe que me ajuda na confecção das fantasias. Aprendeu a gostar tanto dessa tarefa que quando comprou o ECO Sport, justificou esse seu desejo pessoal me dizendo que era para comportar mais “bagulhada” de carnaval. Sinto falta desses seus comentários carinhosos.

Só há duas lojas que vendem produtos carnavalescos e ambos estão no coração do SAARA, no centro da cidade e por incrível que pareça só frequentamos essas ruas quando começa esse período de compras carnavalescas. E Edu sentia-se como uma criança perdida num parque de diversões, sem saber onde entrar e olhar primeiro. Além de me ajudar nas compras, saia descobrindo coisas e lugares como se fossem valiosíssimos. Acabava voltando cheio de sacolas nas mãos. Logo não era somente eu quem enchia o carro com “bagulhadas”. Passou a ser um ritual essas idas a Alfândega.

Esse ritual continua, sem sua presença física. É estranho caminhar pela Alfândega, refazer todo esse caminho que fazíamos todos os anos nesse período sem sua presença. Sinto-me vazio quando passo por uma loja que ele gostava muito, quando entro em becos onde ele adorava escolher essências, as lojas de velas, as bancas de toalhas que ele levava para a clínica, a casa lotérica que ele gostava o restaurante árabe, a Casa Pedro com seu damasco predileto. Olho para todos esses lugares e relembro seus comentários. Fico feliz por ter lhe apresentado o SAARA e ele ter gostado tanto. Hoje não vejo mais graça caminhar por essas ruas. Era divertido e prazeroso por causa dele. Agora volto pelas compras de carnaval que tenho que priorizar. Às vezes erro nas quantidades, mas na maioria das vezes tenho acertado, com certeza porque ele está por perto me ajudando.

Pois o trabalho da nossa ala é assim, um auxiliando ao outro, com muita alegria, diversão e rapidez. É uma equipe que confio plenamente, me dão a certeza que vamos conseguir dar conta em mais essa empreitada que é entregar as cem fantasias na data certa.

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