terça-feira, fevereiro 15, 2011

O cabeção do negro

Desde pequeno não havia um dia de carnaval que não íamos brincar no centro da cidade. Praticamente a família toda ia para ver as alegorias e brincar o carnaval na Avenida Rio Branco. Se as escolas de samba do grupo especial tinham a passarela principal para o desfile, era na Rio Branco que as pequenas escolas desfilavam. E para aqueles que não podiam assistir aos desfiles principais, ali tínhamos a chance de ver as escolas bem de perto. E não só assistir, mas tocar nas alegorias que eram abandonadas no final do desfile, na Cinelândia. Era o momento que todos tinham a chance de subir nas alegorias e tocar nas esculturas. Uma diversão para as crianças e para os adultos peças para serem saqueadas.

Foi o nosso caso, mas não por culpa dos meus pais e sim pela minha insistência. Apoderei-me de uma alegoria que havia esculturas de negros e uma estava praticamente solta, só precisando de mais um empurrãozinho para desprender da base totalmente. Sem imaginar como carregar aquela enorme cabeça de negro, meu pai fez a nossa vontade e a trouxemos para casa.

Meu pai tinha um opala nessa época e colocamos a cabeça no porta malas, mesmo tendo que amassar o nariz do negro. Foi uma alegria imensa essa volta para casa. Como se tivéssemos um objeto valiosíssimo. Não importa, para mim realmente era uma peça de grande valor e o melhor de tudo é que era nosso.

Na verdade esse cabeção veio a ser de todos e fez a festa de vários carnavais no quintal de Vaz Lobo, principalmente no de 1976. Gosto muito dessa foto, mas há um mascarado nela que não sei mesmo de quem se trata. Será que alguém saberia me responder?

3 comentários:

deissinha disse...

Oie Ze Carlos,

Acho que e o pai da simone.

beijos

Ieda Ribeiro disse...

oieeeeeeeeee Zé Carlinhos pelo carinho da Sonia acho que é o Lincoln...kkkkkkkkkkkkkk

Beijos, Ieda

Renata Lira disse...

Oi, Zé

Meu pai falou que era ele.
Inclusive, ele contou que ia com esse cabeção num campinho que existia onde hj é a choperia para zoar o pessoal que tava lá jogando bola. Iam sempre ele e tio Odilon.

Beijocas e fica com Deus

Renata