Ganhei uma quando era pequeno e na adolescência outra. Não sei que fim as levou. Só voltei a ter uma bicicleta depois que fomos morar no Recreio. Comprei duas. Não eram lá grandes coisas, mas para nossos passeios na orla e para conhecer o bairro foi de grande valia. Quando estávamos a favor do vento era uma delicia sentir o empurrão da natureza em nossas costas, nos ajudando sem fazer força. Mas pedalar contra o vento da beira mar era um esforço imenso.
Com vários amigos querendo tirar uma casquinha quando vinham nos visitar, tivemos que dar uma melhorada nos acessórios. Mas a melhor ajuda veio com um banco mais confortável que a Teresa nos presenteou. Mas por ser de ferro, logo as peças foram enferrujando e acabei me desfazendo de uma delas (a que estava em pior estado) dando para o porteiro. Não ficamos muito tempo sem pedalar em dupla, pois logo recebemos de empréstimo uma de alumínio novinha, da amiga Cássia. E assim continuamos a desbravar o bairro.
Como todo brinquedinho, teve um tempo que as deixamos de lado, esquecida, acorrentadas na garagem do subsolo do prédio. E é por lá que elas continuam, e o pior, sem manutenção alguma. Temo só em pensar em vê-las; não só pelas lembranças que me trazem, mas porque uma delas preciso devolver e em boas condições. Preciso consertá-las e antes de devolver, voltar a dar umas boas pedaladas.

Um comentário:
O que foi mais engraçado na história das bicicletas novas é que tentamos montá-las, parecia tão fácil! Ficamos a manhã inteira na garagem do prédio, mesmo lendo o manual e estudando as peças a única coisa que conseguimos fazer foi dar boas gargalhadas. Um beijo. Teresa
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