terça-feira, agosto 24, 2010

Moniquinha, a amiga de todos os momentos.

Quando fui para a União da Ilha no ano de 2003, havia uma mesa com um casal que me chamava atenção. A jovem parecia uma princesa de tão bonita e com gestos tão singelos que não parecia daquele ambiente de quadra de escola de samba. E todo o sábado estava aquele casal ali, na mesma mesa. Sempre que os via comentava com o Eduardo. Somente no ano seguinte fui conhecê-los. Estava com uma ala com a fantasia de ciganos que fazia o maior sucesso entre os componentes e fui avisado pela direção da escola que a esposa do compositor do samba estava querendo falar comigo porque gostaria que os amigos desfilassem na ala. E realmente foi isso que aconteceu a minha ala se transformou na ala da Monica e do Sérgio.

O samba nos aproximou e nossa amizade cresceu com a descoberta do seu trabalho ser numa agência de viagens. Minhas preocupações acabaram. A partir daí todas as férias deixávamos que ela cuidasse de tudo. Traçávamos o roteiro e Moniquinha se esforçava para realiza-los. Além de princesa, também posso considera-la um fada. E assim nossas vidas foram se entrelaçando entre samba, desfiles e viagens. Somente momentos alegres. Sim, porque até então minha vida sempre foi assim, de momentos felizes.

Mas era chegado o momento de pedir ajuda, de gritar por socorro. E foi o que fiz quando casualmente encontrei a Mônica em pleno centro da cidade, as vésperas do Natal. Pelo meu semblante ela havia percebido que eu não estava bem e lhe contei sobre a doença do Eduardo, sobre a cirurgia e sobre a necessidade de um oncologista o mais rápido possível. Bastou falar isso para que ela ligasse para o Sérgio explicando a situação e pedindo que fizesse contato com um oncologista amigo deles. Como fiquei feliz por encontra-la. Sabe quando você divide com alguém o peso de uma bolsa bem pesada? Pois foi isso que senti naquele momento, por alguns instantes ela diminuiu esse peso. Não foi só isso, me deu também um sopro de esperança e uma coisa a menos para resolver no meio de tantas que ainda precisava ser feita. E foi através dela que conseguimos nossa primeira consulta.

O desfecho todos sabem e a tristeza que me invadiu também. O que eu não sabia era que a Moniquinha já havia incumbido outro amigo para me dizer, quando percebesse que meu sofrimento aumentasse, que era chegada a hora de procurar ajuda de um profissional, um psicólogo. E foi através dessa sua indicação que fui atrás da terapia que tanto me auxiliou nesse estagio do luto.

Vivenciamos juntos várias noitadas alegres, quer nas quadras da União da Ilha, quer nos desfiles. Momentos que não vou esquecer nunca porque foram noites onde só o que importava era dançar, cantar e se divertir. Se pudesse escolher um momento para o mundo parar eternamente, escolheria uma noite dessas, no samba. Não tenho palavras para dizer o quanto sou grato pela sua amizade, pelo seu carinho, pela sua atenção e disposição em estender a mão quando precisamos. Quando o caminho parecia tortuoso e difícil você apareceu e nos ajudou a passar por essa estrada. Hoje, no dia do seu aniversário quero te homenagear por todas essas coisas que você fez por nós. Felicidades, Moniquinha! Mil beijos!



Um comentário:

Unknown disse...

amigo,agora que vi que tudo que escrevi ,nao foi regisgrado, coisa de véia , sem experiecia de blog.já chorei, eu e sergio , por tudo que revivemos pela sua palavras, e pela por termos nos encontrarmos nessa vida e
pordermos ter momentos legais ! Que Deus te abencoe e te guarde ! Que Deus sustente essa essa forca de vida que nos inspira a todos que te conhecem ! bj no seu coracao !