terça-feira, agosto 24, 2010

Cadu, o amigo insistente

Lembro-me de ver o Cadu pela primeira vez quando ele foi conhecer a informática no antigo prédio do Tribunal. Mas com certeza só começamos a nos conhecer melhor quando ele passou a ser o nosso Coordenador de Eleições. Não sei como iniciou a nossa amizade, mas essa proximidade em coordenar nossa seção, onde eu sempre trabalhei, fez com que nos conhecêssemos melhor. Mas minha admiração por ele aconteceu por um gesto que talvez ele nem se lembre, mas que para mim teve uma importância muito grande.

Não lembro exatamente o ano, mas haveria um corte de pessoal da CTIS e todos os coordenadores deveriam fazer um memorando relacionando os funcionários que gostaria de manter na seção e o motivo. Nas outras coordenadorias os próprios funcionários faziam os memorandos e pediam aos coordenadores para assinar, num gesto de completo descaso. Antes do almoço eu já havia conversado com o Cadu ele ficou de preparar o tal documento. Completamente ansioso e sem ver qualquer atitude da parte dele, fui buscar o modelo que os outros colegas estavam fazendo para deixar pronto para ele assinar caso se esquecesse. As horas iam passando e eu cada vez mais nervoso, porque esse documento teria que ser entregue até às 17hs na Diretoria Geral. Sem querer demonstrar preocupação, fui até a sua sala para lembra-lo, mas qual foi a minha surpresa quando me contou calmamente que já havia feito o documento e ele mesmo entregara. Aliviado agradeci e voltei para minha mesa. E esse dia, esse gesto ficou guardado para sempre na minha memória.

Nossa amizade foi se fortalecendo e se estendeu para fora do Tribunal. E mais uma vez, esse seu gesto de atenção, de preocupação apareceu novamente quando da minha tumultuada saída ano passado. Nunca fui de me lamentar, nem de passar tristeza para meus amigos, pelo contrário, mas nesse período meus pensamentos e ideias estavam completamente confusos. Várias vezes saímos para almoçar e todas eram para conversarmos sobre essa saída. Ele tentava me fazer desistir dessa ideia e insistia para eu ir trabalhar com ele no CPD. Não se cansava nunca em pedir para que eu pensasse melhor. A cada encontro insistia, insistia e insistia. É tão gratificante ter um amigo que está ao seu lado, lhe oferecendo a mão para ajudar, te valorizando. E foi isso que ele fez. Mas naquele momento eu não conseguia raciocinar o que seria melhor para mim.

Sua preocupação é tão grande que passado alguns meses ele mandou-me um e-mail querendo saber como eu estava e o que eu achava de voltar para o Tribunal. Voltar? Nossa, eu nunca havia pensado nessa possibilidade. Confesso que por um momento criei uma expectativa, mas logo passou. Nem acreditei novamente com sua insistência ao me ligar para sondar se eu aceitaria voltar para trabalhar no CPD. Mais uma vez ele se mostrou um grande amigo, me fazendo um monte de elogios e bastante preocupado em me ajudar. Sei que algumas decisões não dependem somente dele, mas tenho certeza que ele deve ter insistido muito para poder tornar real essa possibilidade. Na verdade isso não interessa muito, o que realmente me importa é saber a grandiosidade do seu gesto e da sua generosidade. Fico muito feliz em saber do seu esforço em querer me ver bem nessa minha nova vida. Obrigado por tudo que você fez e faz por mim Cadu, e te desejo toda felicidade do mundo nessa sua nova vida também. Conte comigo sempre!

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