O Padre entende o chamado para ser um servo de Deus, um sacerdote, um pai (padre) à semelhança de Cristo que amou e deu sua vida ao povo pobre, simples e marginalizado. Nunca hesita. Tudo aceita confia e acredita em Deus e na sua Providência, e caminha seguro para missão que lhe é designada.
É o padre, que através do Evangelho, leva os homens a Deus, pela conversão da fé em Cristo. Por isso, são pessoas que nascem com esse dom e logo cedo ou no momento oportuno, ouvem o chamado de Deus para se consagrarem a servir à comunidade, nos assuntos que se referem a Ele.
Fonte: http://www.smartkids.com.br/
Não sou católico como minha mãe, nem nunca fui de freqüentar igrejas, nunca tive paciência para missas, mas sempre gostei das histórias dos santos, do ritual, das orações. Aprendi a rezar pela primeira vez quando fiz um curso para batizar meu afilhado Juninho. Nunca vi um Padre com esse sentido que o texto acima se refere. Sempre os vi como aquele homem que celebra casamentos, batizados e missas. Bastava-me saber só isso. Não sei quase nada da religião católica, ou sei muito pouco. E nem nunca tive vontade em saber. Sei rezar e pronto. E o pior é que só por isso já falava que era católico. Um completo ignorante. Somente agora consigo ver que minha casa espiritual é outra. E para isso estou estudando, conhecendo.
Como falei, sempre respeitei todas as religiões, e a católica mais ainda porque foi nela que minha mãe encontrou o conforto no momento mais terrível da sua vida. Foi através dela que passei a ver a figura do Padre com outros olhos. E tudo mudou quando insistiu para que fossemos numa missa na sua Paróquia, dois dias antes da cirurgia.
Lembro bem que foi numa segunda feira. Edu me pediu para sair com ele, fomos buscar autorização para internação e depois o levei até o hospital para conhecer o trajeto. No caminho de volta ele me perguntou se daria tempo de irmos à missa que minha mãe havia convidado. Fiquei admirado por ele ter lembrado, porque eu mesmo não lembrava. Passamos para pegá-la e fomos para a missa. Tentava disfarçar o nervosismo com a proximidade da cirurgia, eu mais do que ele. Cheguei a perguntar se estava nervoso e me respondeu com sua firmeza de sempre que não. Tinha medo do que viria depois, completou. O médico nessa hora falava mais alto e isso me assustava. Mas não demonstrava meu medo. Nunca demonstrei. E foi assim, com o coração apertado que assistimos a missa, absorvendo cada palavra do padre Rogério. Sim, padres têm nomes e eu nunca soube o nome de nenhum, nem nunca havia conhecido ou mesmo falado com algum. Mas minha mãe sim. E esse padre é o que ela mais admira por ser extrovertido e muito brincalhão. Sim, padres também são criaturas normais, que riem e podem ter bom humor. Ao final da missa minha mãe nos levou a sacristia para falar com ele. Explicou o que Edu tinha e o padre Rogério pegou um óleo e se preparou para dar a ele uma unção. Nesse momento nos explicou o que seria uma unção: Unção é o poder de Deus, na vida de uma pessoa, para que ela possa: curar, libertar e abençoar as pessoas necessitadas. Não tem nada a ver com extrema-unção. Estava emocionado demais para ficar ali e sai. Fui fraco, tive medo de chorar na frente dele e resolvi chorar rezando para Nossa Senhora do Divino Amor. Agradeço tanto ter aprendido a rezar naquele curso de Batismo. Me ajudou muito, em todos os momentos de aflição.
Depois fiquei sabendo pela minha mãe que Edu chorou em todo o momento que o padre o rezava e o ungia com o óleo. Tive medo de perguntar o motivo desse choro, mas minha mãe acha que se emocionou com as palavras do padre. Prefiro a sabedoria dela a pensar besteiras. Fiquei feliz em ter aprendido que unção é mais forte que a benção e foi acreditando nessa força que fomos vencendo algumas etapas.
Pois hoje é o dia do Padre e gostaria de agradecer a todos eles por estarem sempre prontos para fazerem gestos como esses, que os tiram daquele altar e os aproximam dos fiéis, me fazendo crer que realmente são um pai à semelhança de Cristo que amou e deu sua vida ao povo.
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