Nessa vida em comum onde um aprende com o que o outro tem de melhor posso afirmar sem medo algum que fui o causador de muitas mudanças no comportamento do Eduardo. Principalmente no que diz respeito a ser alegre e a se divertir. Nunca gostei que o vissem como antipático porque isso ele não era. Era tímido, fechado, sério e muitas vezes formal. Queria mudar isso e aos pouquinhos fui insistindo e fiquei feliz várias vezes quando presenciei pequenas mudanças nele. Lembro-me de um bem simples para qualquer pessoa como entrar numa loja procurar uma mercadoria, ver tudo, não gostar e ir embora sem levar nada. Para o Edu não, ele levava mesmo se não gostasse só por pena da vendedora. Dá vontade de rir quando me lembro disso, porque repetida vezes fez isso, porque esse era o Eduardo, o tímido, gentil, preocupado com os outros, metódico, sério e formal. Minha vontade era voltar na loja para trocar a roupa de tanta raiva que ficava, mas para não deixa-lo ainda mais chateado com aquela situação, deixava de lado. Falador como sou criticava essa sua postura dizendo que esse era o papel da vendedora. Claro que ele sabia disso tudo, mas esse era o seu jeito. Mas eu ficava sempre atento para que essa situação não se repetisse.
E com o passar do tempo me surpreendi quando depois de muito olhar, não comprar nada e sair sem pena alguma. Passou a ter voz ativa, a pensar nele e no seu bem estar. Lembro quando isso aconteceu pela primeira vez e o parabenizei. Ri muito e ele ficou bastante chateado pelo fato de estar sacaneando. Mas não estava, eu realmente me sentia feliz por ver que o bom moço que todos antes podiam explorar e se aproveitar não existia mais. Ele estava mais forte e seguro de si.
Quando o conheci ele era esse cara, formal, tímido, sério, caladão que fazia tudo para todo mundo e que não conseguia dizer NÃO quando tinha vontade. Queria estar bem com todos mesmo que isso significasse não estar bem com ele. Dava um boi para não entrar numa briga e dava uma boiada se fosse preciso para evitar confusão. O causador de confusão e brigas sempre fui eu, tanto que me chamava de encrenqueiro. Mas com o tempo, de tanto eu chamar sua atenção para certas coisas que deveria mudar, passou a lutar mais pelos seus direitos, a falar mais alto, a discutir, a brigar e a exigir. Mas também passou a sorrir mais, a conversar mais, a ser menos formal e a ser menos tímido. Mudava lentamente é verdade, mas quem o conheceu como eu, sabe que ele se esforçou e conseguiu, sendo uma pessoa mais leve, muito mais alegre, divertido, sacana e brincalhão. Acho que para isso acontecer, valeu também suas vindas aqui em Vaz Lobo, quando foi conhecendo minha família. Na casa dos meus pais tudo é festa, tudo é alegria, tudo é motivo de brincadeira, a vida pulsa naquele quintal com todos ajudando uns aos outros e em todas as situações, alegres ou tristes. Ali eu percebi que ele pode se soltar, falar o que quiser, a agir como quiser, deixou de ser formal para ser uma pessoa mais solta, mais alegre. Virou o queridinho de todos e acho que isso também fez bem a ele. Percebeu que não o viam como uma pessoa diferente, o viam como uma pessoa boa, de bom caráter, amigo, carinhoso e bastante prestativo. Já não tinha vergonha de se comportar como quisesse. Sabia que ali ele estava no meio de pessoas que o aceitava do jeito que fosse. E isso facilitou para que ele fosse para a vida com essa segurança.
Mostrei a ele que não somos diferentes de ninguém, que na vida tudo é permitido quando não agredimos e nem ofendemos ninguém. Tudo fica mais fácil quando percebemos isso e ele percebeu e foi mudando.
Não era dado a multidões e nem gostava de aglomeração, claro, imagina uma pessoa tímida no meio do carnaval no centro da cidade e no cordão da Bola Preta. Impossível de imaginar. Pois é, ele não se negava nem fugia desse tipo de eventos. Estava disposto a enfrentar pelo simples fato não só de me acompanhar, mas porque tinha vontade e não tinha mais medo das pessoas e nem de se divertir do jeito que quisesse.
Tornou-se uma pessoa alegre, brincalhona e menos formal. Claro que muitas pessoas não conheceram esse seu lado porque ele precisava de um tempo até se sentir a vontade e a se soltar.
Ele me disse que eu trouxe alegria para a sua vida. E isso me deixa muito emocionado de lembrar que fui o causador das alegrias na sua vida. Se antes tinha dificuldades de se declarar para mim, bastava ficar satisfeito com algo que eu lhe proporcionava para me dizer repetidas vezes que me amava. Talvez seja pouco perante todas as outras coisas que ele me mostrou, mas eu trouxe alegria e felicidade para a vida dele. Aprendeu a se divertir comigo, a ser feliz e a dar valor a esses momentos. A vida me deu a oportunidade e o prazer de dividir com ele esses prazeres. Foi bom pra ele e melhor para mim que pude ter uma pessoa que poucas conheceram. Um homem digno, que se permitiu mudar para melhor.
E com o passar do tempo me surpreendi quando depois de muito olhar, não comprar nada e sair sem pena alguma. Passou a ter voz ativa, a pensar nele e no seu bem estar. Lembro quando isso aconteceu pela primeira vez e o parabenizei. Ri muito e ele ficou bastante chateado pelo fato de estar sacaneando. Mas não estava, eu realmente me sentia feliz por ver que o bom moço que todos antes podiam explorar e se aproveitar não existia mais. Ele estava mais forte e seguro de si.
Quando o conheci ele era esse cara, formal, tímido, sério, caladão que fazia tudo para todo mundo e que não conseguia dizer NÃO quando tinha vontade. Queria estar bem com todos mesmo que isso significasse não estar bem com ele. Dava um boi para não entrar numa briga e dava uma boiada se fosse preciso para evitar confusão. O causador de confusão e brigas sempre fui eu, tanto que me chamava de encrenqueiro. Mas com o tempo, de tanto eu chamar sua atenção para certas coisas que deveria mudar, passou a lutar mais pelos seus direitos, a falar mais alto, a discutir, a brigar e a exigir. Mas também passou a sorrir mais, a conversar mais, a ser menos formal e a ser menos tímido. Mudava lentamente é verdade, mas quem o conheceu como eu, sabe que ele se esforçou e conseguiu, sendo uma pessoa mais leve, muito mais alegre, divertido, sacana e brincalhão. Acho que para isso acontecer, valeu também suas vindas aqui em Vaz Lobo, quando foi conhecendo minha família. Na casa dos meus pais tudo é festa, tudo é alegria, tudo é motivo de brincadeira, a vida pulsa naquele quintal com todos ajudando uns aos outros e em todas as situações, alegres ou tristes. Ali eu percebi que ele pode se soltar, falar o que quiser, a agir como quiser, deixou de ser formal para ser uma pessoa mais solta, mais alegre. Virou o queridinho de todos e acho que isso também fez bem a ele. Percebeu que não o viam como uma pessoa diferente, o viam como uma pessoa boa, de bom caráter, amigo, carinhoso e bastante prestativo. Já não tinha vergonha de se comportar como quisesse. Sabia que ali ele estava no meio de pessoas que o aceitava do jeito que fosse. E isso facilitou para que ele fosse para a vida com essa segurança.
Mostrei a ele que não somos diferentes de ninguém, que na vida tudo é permitido quando não agredimos e nem ofendemos ninguém. Tudo fica mais fácil quando percebemos isso e ele percebeu e foi mudando.
Não era dado a multidões e nem gostava de aglomeração, claro, imagina uma pessoa tímida no meio do carnaval no centro da cidade e no cordão da Bola Preta. Impossível de imaginar. Pois é, ele não se negava nem fugia desse tipo de eventos. Estava disposto a enfrentar pelo simples fato não só de me acompanhar, mas porque tinha vontade e não tinha mais medo das pessoas e nem de se divertir do jeito que quisesse.
Tornou-se uma pessoa alegre, brincalhona e menos formal. Claro que muitas pessoas não conheceram esse seu lado porque ele precisava de um tempo até se sentir a vontade e a se soltar.
Ele me disse que eu trouxe alegria para a sua vida. E isso me deixa muito emocionado de lembrar que fui o causador das alegrias na sua vida. Se antes tinha dificuldades de se declarar para mim, bastava ficar satisfeito com algo que eu lhe proporcionava para me dizer repetidas vezes que me amava. Talvez seja pouco perante todas as outras coisas que ele me mostrou, mas eu trouxe alegria e felicidade para a vida dele. Aprendeu a se divertir comigo, a ser feliz e a dar valor a esses momentos. A vida me deu a oportunidade e o prazer de dividir com ele esses prazeres. Foi bom pra ele e melhor para mim que pude ter uma pessoa que poucas conheceram. Um homem digno, que se permitiu mudar para melhor.
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