sábado, dezembro 25, 2010

Último Natal juntos!


O Natal do ano passado foi atípico com relação a todos os outros que havia passado. A princípio não sabíamos o que fazer. Mas para quem imaginava passar o natal dentro de um hospital, tínhamos mais é que agradecer por estar podendo dividir esse dia com a família. Como ficava com o Eduardo direto em Nova Iguaçu, fui eu quem montou a árvore de Natal sob sua orientação, sentadinho no sofá da sala. Resolvemos que nossas famílias iriam almoçar juntas no dia 25. Fiquei com Edu no dia 24 até a parte da tarde, quando lhe entreguei meu presente com um cartão carregado de emoção e esperança. Meu último presente foi comprado com o mesmo carinho de sempre. Dei-lhe uma calça e um livro. Ficou chateado porque não havia comprado nada para ninguém. Edu era assim, preocupado e carinhoso com todos. Imagina se alguém estava esperando qualquer presente material dele. O maior presente que todos nós gostaríamos naquele momento era realmente a sua melhora.

No dia seguinte fomos todos para Nova Iguaçu partilhar esse momento em família. Uma tarde agradável e alegre, na medida no possível. Todos nós vibrávamos em harmonia para a melhora do Eduardo. Minha mãe levou os doces que ele tanto gostava. Recebeu muitas ligações e mensagens pelo celular que eu fazia questão de ler numa tentativa de fortalecê-lo. À tarde recebemos a visita do furacão Sheila que trouxe luz e alegria para finalizar esse dia.

Não foi o Natal que gostaria de ter tido, mas foi bem melhor do que se estivéssemos passado dentro de um hospital. Acho que seria bem mais triste e deprimente. Como já disse antes, deixei de gostar de Natal depois que descobri que Papai Noel não existia, mas com certeza foi depois de algumas perdas na família que essa noite deixou de ser uma data que me encantava. Agora me encanta menos ainda. Essa noite só é bonita quando se tem crianças em casa, onde podemos fantasiar a chegada do bom velhinho e brincar de abrir os presentes, fora isso, quando se vão tantas pessoas queridas, fica a sensação de vazio. Foi essa sensação que senti ontem, de faltar mais um na mesa. Saudades!

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