sexta-feira, abril 02, 2010

Crucificação de Cristo


 

A crucificação era inicialmente restrita aos escravos. Este tipo de execução tinha como objetivo incutir no prisioneiro vergonha e dor, e provocava profundo horror entre as pessoas. Ela tinha início com a flagelação do pretenso criminoso despido de suas vestes. Os soldados pregavam pregos e tudo que pudesse intensificar a tortura no azorrague – instrumento de tortura utilizado na Roma Antiga, composto de elementos cortantes – e muitos não resistiam ao açoitamento, não passando, portanto, desta primeira etapa. Jesus foi submetido a cada estágio desta condenação, o tempo todo humilhado, com uma coroa de espinhos improvisada na cabeça, o que provocava intensa dor e fortes sangramentos; na mão lhe colocaram um cetro de bambu, tudo aludindo à sua realeza, que foi interpretada como um reinado terreno, material. Ele suportou pancadas e zombarias, cuspiram nele e o obrigaram a levar sua própria cruz até o Monte Gólgota – que significa ‘Calvário’ -, onde seria crucificado. Esta caminhada representa o seu Calvário e, simbolicamente, o de toda a Humanidade.

Quando Jesus parece perder as forças, os soldados forçam um homem chamado Simão Cireneu a carregar este fardo ao longo de um trecho da jornada. O Messias chega ao seu destino, e no alto de sua cruz um dizer latino está inscrito INRI – Iesus Nazarenus Rex Iudeorum, Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus, reproduzido em grego e hebraico. Ela foi posicionada entre outras duas cruzes, nas quais estavam sendo executados dois ladrões. Os soldados ofereceram vinho e mirra para amenizar as dores de Jesus, mas ele não aceitou. O Mestre morreu três horas depois, sob intenso sofrimento físico, sem poder respirar, com terríveis cãibras por todos os seus músculos, em conseqüência da posição de seus braços; só consegue recuperar o fôlego por alguns momentos, quando pronuncia suas frases famosas na Cruz, pedindo a Deus que perdoe seus ofensores, pois não sabem o que fazem, e perguntando ao Criador porque o abandonou, mas logo depois se entregando incondicionalmente em Suas Mãos. A elite hebraica conseguiu matar o homem, mas não logrou eliminar seus pensamentos e ensinamentos, que se perpetuaram ao longo de milênios e resistem até hoje, apesar de todas as intempéries do caminho.

AS SETE PALAVRAS DE CRISTO NA CRUZ
1- “Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem”
2- “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”
3- “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?”
4- “Mulher, eis aí o teu filho”… “Filho, eis aí tua Mãe”
5. “ Tenho sede! ”
6- “Tudo está consumado”
7- “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”

As catorze estações da Via Crucis representam os episódios mais marcantes na Paixão e Morte de Cristo. Esta tradição tem origem franciscana e reproduz a "Via Dolorosa", ou seja, o percurso feito por Jesus desde o Tribunal de Pilatos até o Calvário (ou Gólgotha, 'lugar do crânio' em hebraico), em Jerusalém.

I Estação - Jesus é condenado à morte. Pilatos mandou vir água e lavou as mãos diante da multidão: "Estou inocente do sangue deste homem". A responsabilidade agora é do povo". Depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado."

II Estação - Jesus carrega a sua cruz. Jesus recebe sobre seus ombros a cruz e se dirige ao Calvário ou Gólgotha ('lugar do crânio' em hebraico). A Cruz é um antigo instrumento de suplício, usado para executar os condenados à morte.

III Estação - Jesus cai pela primeira vez. Jesus caminha cansado e abatido sob o peso da cruz. Seu corpo está coberto de sangue, suas forças esmorecem e ele cai. Com chicotes, os soldados que o escoltavam o forçam a se levantar.

IV Estação - Jesus encontra Maria, sua mãe. Mãe e filho se abraçam em meio à dor. Eles tudo partilharam até a cruz. Sua união era tão intimamente perfeita, que não tinham necessidade de falar, porque a única expressão residia nos seus corações.

V Estação - Jesus recebe ajuda de Simão para carregar a cruz. Na verdade, Simão de Cireneu foi obrigado a carregar a cruz. Ele vinha passando, quando recebeu dos soldados a ordem de ajudar, Jesus tinha que permanecer vivo até a crucifixão.

VI Estação - Verônica enxuga a face de Jesus. Uma mulher que assistia à passagem de Jesus decide limpar a sua face tingida de sangue. O pano usado por Verônica teria ficado gravado com a imagem do rosto de Cristo.

VII Estação - Jesus cai pela segunda vez. Jesus sabia que iria enfrentar um cruel sofrimento. Seu espírito estava preparado, mas seu corpo estava cansado e abatido. Ele caminhava com dificuldade e mais uma vez tropeçou e caiu.

VIII Estação - Jesus fala às mulheres de Jerusalém. Já próximo do Monte Calvário, Jesus esquece sua dor para abrir o coração e consolar as mulheres que, chorando, lamentavam o seu sofrimento.

IX Estação - Jesus cai pela terceira vez. Aproxima-se o fim da Via Crucis, com a última queda de Jesus, a terceira de três quedas. Jesus chega ao Calvário. Quiseram dar-lhe vinho misturado com fel, mas ele não quis beber.

X Estação - Jesus é despojado de suas vestes. Os soldados tomaram as roupas e as sortearam entre eles, cumprindo assim, as profecias antigas que descreviam esse episódio.

XI Estação - Jesus é pregado na cruz. Jesus é crucificado. Cravos de ferro rasgam sua carne, dilacerando suas mãos e pés. A cruz é erguida, e o Cristo fica suspenso entre o céu e a terra. Agora, ele está definitivamente pregado à cruz.

XII Estação - Jesus morre na Cruz. Com o Sol eclipsado, Jesus gritou do alto da cruz: 'Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito. Agora, estou contigo'. Baixou a cabeça e morreu.

XIII Estação - Jesus é retirado da Cruz. Depois de pedir autorização a Pilatos, José de Arimatéia e Nicodemos compraram um lençol de linho branco e tiras de pano, e retiraram o corpo de Jesus da cruz. Maria, sua mãe, o recebeu em seus braços.

XIV Estação - Jesus é sepultado. José de Arimatéia, Nicodemos e alguns apóstolos tomaram o corpo de Jesus, envolveram-no com um lençol de linho e o deitaram numa saliência na rocha em forma de cama. Então fecharam a entrada com uma grande pedra.

A Ressurreição. No domingo, as mulheres que foram ao túmulo o encontraram vazio. Viram dois homens com vestes claras e brilhantes que lhes perguntaram: "Por que procuram entre os mortos, quem está vivo? Ele não está aqui, mas ressuscitou".

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crucificacão
Resumo do livro AS SETE PALAVRAS DE CRISTO NA CRUZ
Prof. Felipe Aquino - http://www.cleofas.com.br/

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