Oremos:
São Cosme e São Damião, por amor a Deus e ao próximo, vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos semelhantes. Abençoai pois, os médicos e farmacêuticos. Medicai meu corpo na doença e fortalecei meu espírito contra todos os tipos de supertição.
Amém.
Paz e Bem!
Tive a felicidade de ser nascido e criado na Zona Norte, pois é no subúrbio que algumas tradições sobrevivem quando todo o resto já as esqueceu. Não há como não viajar no tempo e voltar às lembranças de infância quando se aproxima o dia 27 de setembro, data de correr atrás de doces de São Cosme e São Damião. A vontade de juntar o maior número de saquinhos de doces desconhecia os limites do bairro onde cresci. O engraçado é que corríamos não por gula, mas pela festa, pela satisfação da disputa pelo maior número de saquinhos. E não tinha vitória melhor quando o saquinho tinha maria-mole, pirulito zorro, paçoca, pé de moleque, cocada, cocô de rato e muita bala Juquinha. Saquinho bom tinha que ter esses doces.
Era uma infinidade de crianças com sacos plásticos correndo de um lado para o outro e depois para casa, cansados para descarregar a recompensa. Era uma farra, sair de casa em casa, se distanciando cada vez mais de onde morava para descobrir onde e quem estava dando doce. Quando via um monte de criança num portão era certeza de que ali era um local que não poderia desprezar e saia correndo para alcançar antes das outras crianças. Os moradores entregavam os doces pelos muros ou as grades dos portões, enquanto a criançada se espremia para agarrar o seu e sair em disparada para a casa ao lado. Tinha os malandros que tentavam sensibilizar os moradores quando pediam mais um saquinho para um irmão menor. Alguns davam mais outros energicamente falavam para que eles viessem buscar. A tristeza e a vergonha era chegar a sua vez e ouvir que haviam acabado.
Dava-se muito doce na minha infância. Muitos pelo gosto de ver a festa da criançada, outros para cumprir alguma promessa feita aos santos gêmeos. Hoje se percebe que não são como no meu tempo, poucas crianças vão às ruas nesse dia e poucos moradores ainda dão doces. Talvez devido à violência nas ruas, o esquecimento dessa tradição ou mesmo o surgimento de várias igrejas evangélicas possa ter contribuído por essa diminuição de correr atrás de doces. Mas as minhas lembranças estão bem vivas e guardadas dentro de mim. E sei que em vocês também. Espero que essa tradição ainda resista e que essa eufórica aventura não morra nunca.
Tenham um dia doce!
Quem são os santos gêmeos?
Pelo ano 303 na cidade de Egéia, na Arábia, nasceram os gêmeos Cosme e Damião, filhos de nobres árabes; Dona Teodata, mulher piedosa e de grandes virtudes, transmite aos filhos os vivos sentimentos de fé, esperança e caridade.
O nome Cosme vem de “Cosmos” – no grego: Puro, e Damião – “Damianus”: “Mão do Senhor” segundo a tradição. Nossos gêmeos foram educados e instruídos pelos grandes mestres da Síria e lá especializaram-se nas ciências e na medicina.
Os ensinamentos cristãos de sua Mãe, aliados a arte de curar e de aliviar os sofrimentos alheios, fizeram de nossos jovens médicos, um testemunho de amor e dedicação aos irmãos.
Os gêmeos médicos eram muito requisitados pelos pagãos, que neles encontravam um sopro de esperança e um alento nos sofrimentos.
Cosme e Damião não perdiam a oportunidade de falar de Jesus Cristo, o Médico dos Médicos, e de seu evangelho, assim aliavam a cura do corpo e da alma.
A admiração dos pagãos crescia ainda mais, vendo que os médicos Cristãos, não aceitavam a mínima gratificação, eram outras as riquezas que atraiam: “Almas para Deus.”
Incontáveis conversões foram testemunhadas, graças ao empenho e a dedicação de Cosme e Damião. As curas aconteciam de várias formas sendo até mesmo de formas extraordinárias, era o poder de Jesus sendo manifestado através de seus servos fiéis.
Durante muitos anos viveram os médicos como missionários na Cilícia. O empenho e a fama dos dois chamaram a atenção de autoridades, e uma das primeiras medidas do governador Lígias, quando chegou a a Cilícia, foi ordenar a prisão dos gêmeos, que lhe foram indicados como inimigos das divindades pagãs.
O então governador Lígias dizia cumprir ordens do imperador Diocleciano que nutria um ódio mortal contra os Cristãos.
Citados perante o tribunal de Lígías, este os interpelou sobre o exercício da profissão e sobre algumas denúncias maldosas de prática de feitiçaria.
Cosme e Damião estavam sendo acusados de exercer a medicina gratuitamente, e isto, estava causando incômodo a alguns mercenários da medicina.
Responderam as acusações dizendo:
-Curamos as doenças – mais em nome do Senhor Jesus Cristo, do que pelo valor de nossos conhecimentos e ciência.
Nossos gêmeos médicos foram submetidos aos cruéis tormentos para faze-los negar a fé e renegar a Jesus Cristo.
Vendo o governador que nada os fazia mudar de ideia, ordenou que fossem decapitados, e assim martirizados os médicos da gratuidade, os gêmeos da bondade e da caridade.
Os corpos Cosme e Damião, foram carregados por uma centena de amigos, pacientes e admiradores que por eles nutriam grande respeito e veneração
Depois de algum tempo, os restos mortais foram levados para a Síria, numa cidade chamada Cyra, e lá construiram uma Igreja em homenagem aos dois.
Em Constantinopla foi construída outra Igreja em honra aos mártires, por determinação do Imperador Justiniano I, que por eles foi favorecido em grave doença.
Parte das relíquias de nossos santos encontram-se em Roma e parte em Munique, no altar da Igreja de São Miguel.
Nossos Santos foram sempre muito festejados, são padroeiros dos médicos e farmacêuticos. Algumas crendices lhes são atribuidas, porém devemos guardar como exemplo de suas vidas é o zelo pelos que sofrem e o despeendimento dos bens materiais.
Um comentário:
oie ze.
fico muito brava com meu pc escrevi e perdi tudo deu erro.
Agora estou sem tempo.Lembra do Sr. charutinho de dava cartao e so podiamos pegar os doces no dia.
beijos.
deise
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