quarta-feira, setembro 19, 2012

Endoscopia e sonho

Precisei fazer uma endoscopia hoje e minha mãe foi me acompanhando, pois um dos requisitos para esse exame além de estar em jejum por oito horas é ir acompanhado. Nunca tinha feito esse exame e na presença da enfermeira e do médico ele foi me falando do procedimento enquanto colocava spray de xilocaína na minha garganta e injetando um calmante anestésico na veia. Lembro que as últimas palavras que ouvi dele foi ter dito que a xilocaína ia provocar um gosto ruim na boca e a medicação me deixaria sonolento. Desse momento em diante não lembro nem como foi o exame nem como fui parar numa outra sala com minha mãe ao meu lado me esperando acordar.
 Os fatos que vou narrar foram ditos pela minha mãe, mas lembro exatamente do que vivi nesse momento de sonolência. Algo muito estranho, mas uma sensação de felicidade muito grande. Quando fui acordando minha mãe perguntou se eu havia sonhado com o Eduardo. Como ela sabia? Pois o fato mais curioso é que enquanto eu vivenciava esse sonho minha mãe ouvia tudo que eu falava. Eu me lembro de estar num carro amarelo, tipo táxi, com o Eduardo dirigindo por uma estrada bem movimentada e cheia de curvas. Na verdade ele guiava, mas eu é que sabia o local para onde estávamos indo. Conversávamos sobre muitas coisas e lembro que eu repetia para ele que todos achavam que ele havia morrido. Ríamos muito e chegamos num lugar que não consigo identificar onde, mas que eu já vi antes. Ele estacionou e havia várias barracas de artesanato onde ele quis parar e eu indiquei outra melhor mais a frente. Mas nós estávamos ali por outro motivo, procurávamos uma igreja. Nessa rua havia duas igrejas em cada esquina, mas a que devíamos entrar era a da esquerda. Havia uma imagem de Santo na porta que não lembro qual e como estava muito cheia, havia uma fila para entrar. A outra igreja estava com as portas abertas e as pessoas saiam carregadas como se estivessem adormecidas. Eram carregadas por entidades que vestiam roupas de padres, mas com cores mais vibrantes que uma batina preta. Eu não me lembro de ter entrado na igreja, mas vi o Eduardo entrar, assim como vi minha amiga Teresa entrar pelos fundos e não pela frente como todos os outros. Por algum motivo isso gerou uma briga entre os dois, tanto que ao sair Teresa estava emburrada e foi se sentar num banco onde eu tentava acalmá-la. Edu não veio falar com ela, fomos embora no mesmo taxi amarelo com ele dirigindo e a última lembrança que tenho desse sonho foi quando estávamos em cima do viaduto de Madureira e ele ia me levando para casa, dizendo que eu não me preocupasse com nada, que ele resolveria tudo para mim.

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