sexta-feira, novembro 05, 2010

Dia do cinema Nacional


Sempre fui um apaixonado por cinema, gosto de entrar no mundo da fantasia e se possível viver aquelas histórias. Você sai da vida real e entra no mundo da imaginação. Parece que a vida para naquele momento e só existe a fantasia. E é tão bom sonhar. O primeiro filme que assisti foi “O Sitio do Pica-pau Amarelo”, no cinema de Vaz Lobo em 1973, tinha 10 anos. Apaixonei-me pela história, pelo mundo que se apresentava na tela grande. Parecia que eu estava dentro do filme. Hoje em dia até podemos nos sentir assim devido ao 3D, mas no meu tempo, era sonhar, imaginar e acreditar. Deveria ser uma diversão cara, porque não me lembro de ter ido muito ao cinema quando criança. Lembro de ir à semana santa para assistir a “Paixão de Cristo”, e nas férias com os desenhos da Disney.

Os filmes nacionais eram os preferidos porque assistir filmes com legendas para uma criança não era tarefa muito fácil. Ou prestava atenção na cena ou ficava de olho nas legendas. Para um sonhador como eu, não há arte melhor que cinema para fantasiar a vida. Já adulto tornei-me um viciado, ia pelo menos duas vezes por semana e não havia um filme em cartaz que não tivesse visto.

Nunca fui ao cinema sozinho, ou pelo menos lembro muito pouco de ter ido só. Primeiramente fui levado pela minha mãe, pela minha madrinha, mais tarde com a turma do colégio, os amigos e nos últimos 18 anos com o Eduardo. Gosto de fazer comentários, sair falando sobre o filme, ainda mais se for bom, é algo incontrolável. É saber se o outro percebeu o mesmo que você, se também sentiu as mesmas emoções, se chorou ou riu nos mesmos momentos. Como crítico, adoro comentar detalhes, cenas, efeitos e atuação.

Teve uma época que guardava recortes de jornais sobre os filmes que mais gostava e alguns ingressos. Não tenho um estilo preferido, gosto de todos, romance, ficção cientifica, terror, comédia, drama, aventura, guerra, documentário, etc. Se me identificar, me transporto para dentro da tela e vivo aquela história como se fizesse parte dela. Acho que é essa a função do cinema: divertir, pensar e fazer sonhar.

Vários filmes marcaram a minha vida, além do primeiro. Quando completei 18 anos, “Emmanuelle” foi o primeiro filme pornô que assisti. Hoje em dia esse filme não tem nada de pornográfico, chega a ser engraçado imaginar que ficou censurado por vários anos. Alguém hoje em dia sabe o que é censura? Antes de cada filme havia um certificado identificando a faixa etária disponível para o público e escrito bem grande: CENSURA 14 anos.

Burlei essa faixa etária em dois filmes que não tinha idade: “Tubarão” e “Inferno na Torre” hoje em dia esses filmes passam até na sessão da tarde. E só consegui entrar porque esses filmes passavam em “cines poeirinha”, como eram chamados os cinemas pequenos e pobres. Ou melhor, eram aqueles que não faziam parte da rede Luiz Severiano Ribeiro. Nesses era fácil entrar, e assistir as famosas sessões dupla, normalmente um pornô e um filme de kung Fu.

Essa era uma época de cinema de rua e todos os bairros tinham o seu. Com o passar do tempo eles foram perdendo status e acabaram. Passaram a existir somente os de dentro de shopping e recentemente os multiplex. Por fora foram perdendo o charme, mas por dentro, o encantamento continua o mesmo, a sala escura, a mesma tela imensa que nos transporta para dentro da história e nos faz sonhar. Isso não vai mudar nunca.

Sem dúvida nossa maior diversão era ir ao cinema e Edu era um ótimo companheiro para isso. Tenho saudades do ritual de ficar parado em frente à bilheteria para discutirmos o que íamos assistir, de comprar os ingressos, de ficar na fila, comprar pipoca, de escolher um bom lugar e de segurar na sua mão quando o filme começava. Saudades de rir, dos comentários pós exibição, das discussões quando discordávamos, dos namoros quando a luz apagava.

Nosso último filme juntos foi “Bastardos Inglórios”, um filme que gostamos muito. Nesse período fui apenas três vezes ao cinema, já não tenho tanta vontade de embarcar num mundo de fantasia. O escurinho do cinema já não me proporciona os mesmo sentimentos juvenis de antes.

4 comentários:

deissinha disse...

oie Ze Carlos.
Dei boas risadas essa eu nao conhecia.O que eu mais gostei foi dos cabelos do Flavio e como sempre a cachorrada latindo ao fundo.
O que a mafalda estava fazendo dentro do banheiro?

O alexandre ainda tinha cabelo!!!!!!!

beijos.

Ieda Ribeiro disse...

oieeeeeeeeeeeee Zé carlinhos

Adorei ver esse curta inédito pra mim... Os atores estão, mas, maravilhosos o que mais gostei foi dos detalhes dos cabelos... sensacional o responsável pelos penteados... O Wallace tinha feito escova progressiva? Não, né? pois, naquela época era ferro quente mesmo!!! KKKKKKKKKKK "Le muquifo" aonde foram gravadas as cenas do primeiro curta me pareceu familiar...kkkkkkkkk

Te amo!!!

Beijos, Ieda

xande disse...

Uma idéia na cabeça e uma câmera na mão e felicidade!

Bia disse...

Olá Zé, adorei!

Lembro bem do dia que filmei com os meninos. Eu, Flávia, Wallace, Flávio, Alexandre e Tia Sonia eramos outras pessoas. Ficaremos famosos no you tube, embora ache que ninguem irá nos reconhecer. O Gabriel adorou!

Bons tempos!!!!!!!!!!

BJS. Bia