Esse texto é lindo, vale a pena ler. É a mensagem de um espírito que foi uma rainha e que nos conta sobre seus erros aqui na terra. Esse texto é atribuido (mas não confirmado) a Rainha Maria Antonieta. É uma prova dos verdadeiros valores que devemos ter.
Uma realeza terrena
Uma rainha de França – Havre – 1863
Quem melhor do que eu pode entender a verdade destas palavras de Nosso Senhor: Meu reino não é deste mundo! O orgulho me perdeu na terra. Quem, pois, entenderá a insignificância dos reinos da Terra, se eu não o entendi? O que levei comigo de minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E para tornar a lição mais terrível, a minha realeza nem sequer me seguiu até o túmulo! Rainha eu era entre os homens, rainha eu acreditava entrar no reino dos céus. Que desilusão! Que humilhação quando, ao invés de ser recebida como soberana, vi acima de mim, mais bem acima, homens que acreditava serem insignificantes, a quem havia desprezado, pois não tinham sangue nobre! Então compreendi a inutilidade das honras e das grandezas que se procuram com tanto desejo na Terra!
Para se preparar um lugar neste reino celeste, é preciso a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua prática cristã, a benevolência para com todos. Não se pergunta o que foste, que posição ocupaste, mas o bem que fizeste, as lágrimas que enxugaste.
Senhor, Jesus! Disseste que o teu reino não é deste mundo, pois é preciso sofrer para alcançar o Céu, e pelos degraus do trono não nos aproximamos dele. São os atalhos mais difíceis da vida que nos levam para lá. Procura, então, o caminho nas dificuldades e nos espinhos e não entre as flores.
Os homens correm atrás dos bens terrenos como se pudessem guardá-los para sempre; mas aqui não há mais ilusões. Logo percebemos que apenas nos apoderamos de uma sombra e que desprezamos os únicos bem sólidos e duráveis, os únicos que nos seriam úteis na morada celeste, e os únicos que poderiam dar acesso a essa morada.
Tem piedade dos que não ganharam o reino dos Céus. Ajuda-os com tuas preces, pois a prece aproxima o homem do Altíssimo. É o traço de união entre o Céu e a Terra. Não o esqueças.
Capítulo 2 do Evangelho Segundo o Espiritismo.