Domingo foi dia de descansar. Descansar é maneira de dizer por
que a folia está nas ruas nos esperando e como não gosto de deixar nada nem
ninguém esperando, fomos até ela; eu, Deise e Wallace. Partimos para as ruas do
centro da cidade para ver toda a movimentação do primeiro dia das escolas do
grupo especial. Desde pequeno fazemos esse ritual de ver os carros alegóricos
serem terminados na concentração para o grande desfile. Ver esses carros de
perto é ficar extasiado com tanta beleza nas riquezas de detalhes que não vemos
pela TV. Depois seguimos até o centro da folia que é a Av. Rio Branco e fomos
atrás de um bloco para cansar ainda mais o corpo porque ninguém é de ferro.
quarta-feira, fevereiro 29, 2012
terça-feira, fevereiro 28, 2012
Nossa ala na avenida
É muita ansiedade aguardar toda a noite para se preparar
para o desfile da nossa escola do coração. Por mais que a gente se divertia na
frisa, ao término de cada escola o frio na barriga aumentava porque já
pressentia o momento de extravasar toda a agonia que é preparar as fantasias.
Antes de sair da frisa ainda temos a peregrinação de carimbar e por pulseiras
no punho para que possamos retornar por dentro da avenida. Uma eternidade essa
caminhada para a concentração. Desfilar não é fácil e não é para qualquer um
não.
Finalmente chegamos à concentração e parece que todos já
estavam lá, lindamente arrumados. É uma emoção ver todos fantasiados com a
roupa que você passou meses recortando, colando, costurando e decorando. Tudo
perfeito, só faltava mesmo o corpo dos foliões para dar vida aquela fantasia de
“sátiro”. Circulei pela ala para verificar se alguém precisava de ajuda, um
retoque final, mas felizmente foram poucos os que precisaram de ajustes. Cada
ano que passa melhoramos nesse aspecto, nada descola, nada rasga, nada despenca
e isso é importante pois conta ponto.
A galera está animada e confiante, mesmo quando os
histéricos diretores de harmonia tentam aos berros organizar o que já está
organizado. Felizmente ninguém é contaminado por essa raça que acham que fazem
grande trabalho. Quem é folião sabe o
que fazer e mesmo os que são marinheiros de primeira viagem, tem a emoção como
mola para fazer bonito na avenida.
Nossa ala veio logo atrás do abre alas, bem no início do
desfile e veio cantando empolgada assim como toda escola. Todos evoluindo, se
divertindo e vibrando com a receptividade que toda avenida nos recebeu.
Terminamos coroados, tanto pelo povo que assistia e pela imprensa
especializada. Somente os jurados não foram capazes de reconhecer essa beleza
de desfile. Mas não tem problema, independente de notas, de resultados, o
importante realmente foi o belo desfile que precisávamos realizar para provar
que ainda estamos vivos nesse louco mundo que é o desfile das escolas de samba.
segunda-feira, fevereiro 27, 2012
Acabou a folia
Agora sim a folia se foi, deixando um cansaço danado, a casa
de pernas pro ar, mas uma alegria imensa. O resultado como sempre não foi o
esperado, mas ter como presidente de uma escola de samba o mesmo presidente da
liga das escolas é algo pelo menos suspeito. Mas não me importo mais com
resultados, o importante foi que fizemos um grande desfile e nossa ala foi
perfeita depois de uma preparação complicada. Superamos-nos e estivemos lindos
na avenida e os aplausos e as críticas comprovaram isso.
A vida é dura, mas esses momentos são maravilhosos e temos
que aproveitar o máximo. Foi o que fiz.
sexta-feira, fevereiro 24, 2012
segunda-feira, fevereiro 20, 2012
Primeiro dia de folia
Depois de uma manhã seguindo o cordão da bola preta, uma
dormidinha à tarde para enfrentar a maratona de desfiles a noite. A tensão me
impediu de dormir como gostaria, mas consegui um cochilo revigorante. Com a
idade, a cabeça quer uma coisa, mas o corpinho já não corresponde. Anoiteceu e
partimos para a Sapucaí, palco da grande festa, totalmente reformulado. E mesmo
com alguns percalços como requer toda grande festa, tratamos com o bom humor
que a situação pede e sendo assim, tivemos uma noite grandiosa, divertida e muito
alegre. Nada que pudesse atrapalhar, já que estava ao lado de pessoas que
adoro. A festa começou muito bem.
sábado, fevereiro 18, 2012
Chegou o Carnaval!
"Chegou o carnaval
Vou me abraçar com a cidade
Eu quero saber só da folia
Nesta festa que irradia
Sonhos mil, felicidades”
A ordem do rei é brincar
Quatro dias sem parar”
Assim diz o samba da Portela de 1979 e é com esse sentimento de festa que eu
quero viver esses dias porque
"Na quarta-feira
Tudo vai se acabar “
Então quero mais é aproveitar e ser feliz, pelo menos nesses quatro dias de momo.
quinta-feira, fevereiro 16, 2012
Finalizando as fantasias 2012
Finalmente acabou! Ufa! Quase não acreditei que fosse dar
tempo. Estivemos no olho do furacão, mas felizmente conseguimos sair a tempo.
Não digo que saímos ileso porque foram noites mal dormidas, comendo fora de
hora, pernas cansadas por várias horas em pé, câimbras nas mãos devido ao trabalho
repetitivo e exaustivo, queimaduras pelo uso da pistola de cola quente, alergia
a materiais nunca usados antes. Enfim, uma guerra, mas vencida, graças a Deus e
ao esforço de todos. Foram 110 fantasias
que foram costuradas pela minha mãe e decoradas por mim, Márcia e Solange. Sem
deixar de lado a mão valiosa do meu pai quebrando todos os galhos e dos
recortes providenciais da minha tia Deise, Tia Izete e tio Odilon. E não posso esquecer-me
do parceiro Vitor e toda sua equipe do barraquinho. Não importa que colocação a
escola tire, pois nós podemos nos considerar campeões.
Agradecimento
Obrigado aos amigos que como eu continuo lembrando o querido
Eduardo a cada dia, cada sol, cada flor e principalmente a cada animalzinho que
cruza nosso olhar. Ele está presente em tudo isso. Obrigado pelas mensagens
carinhosas porque vocês são muito importantes e queridos para mim. Nesse final
de trabalho com as fantasias da minha ala, ele estaria sentado na poltrona,
tomando o café na sua xícara feliz por não precisar mais encher seu saco com
tantos pedidos de ajuda! Obrigado por tudo meu querido!
sexta-feira, fevereiro 03, 2012
03 de fevereiro - dois anos sem Edu
Dizem que a gente se acostuma com tudo. Eu não acho. Eu pelo
menos não consigo me acostumar com a falta que você me faz. Você entrou na
minha vida e me marcou tão fortemente que é impossível não sentir essa falta.
Hoje está fazendo dois anos que tudo acabou entre nós dois. Tudo que
construímos se encerrou nesse dia 3 de fevereiro e de lá para cá o caos se
instalou na minha vida.
Você sabe que não
deixo de pensar em você um dia sequer porque você está presente em tudo que
está a minha volta e vai ser assim pra sempre porque onde tiver um animalzinho,
onde estiver uma planta vou lembrar-me de você. Muitas vezes eu não acredito
que você não está aqui porque me pego pensando em você trabalhando na clínica e
me dá uma vontade imensa de ligar. São frações de segundos tão loucos que eu
não sei explicar. Pareço sonhar acordado que nada mudou. Uma sensação muito boa
de experimentar, mas quando a realidade volta à tristeza reaparece e o esforço
para não me deixar abater é imenso.
Sinto-me tão perdido às vezes. Eu imaginava outro fim para
nosso sonho. Uma vez chegamos a pensar que nosso fim seria um empurrar a
cadeira de rodas do outro na velhice. Lembro que comentamos isso caminhando no
calçadão, ao ver dois velhinhos caminhando de bengalas. Eu acreditei que seria
assim, melhor final impossível. Mas infelizmente estava escrito que seria de
outro jeito e que algum dia saberemos o porquê.
Difícil me acostumar, estou tentando dar um sentido a minha
vida, às vezes estou mais forte, outras vezes sensível demais. Uma confusão de
sentimentos me abate que parece que não conseguirei resolver nada. Era essa
hora que eu pegava no telefone e te ligava porque você sabia de todas as
respostas e mesmo que não soubesse me ajudava a pensar numa.
Não sei que caminho tomar, sei que em algum momento tudo
isso vai passar e ai talvez eu me acostume, mas por enquanto eu continuo
precisando da sua ajuda e nem preciso te dizer o quanto. Sei que sua mão estará
sempre na minha cabeça, me fazendo perceber que direção seguir e que decisão
tomar, pois foi sempre assim, nos prometemos isso um ao outro.
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